
O mais recente dos ataques contra instalações de saúde teve como alvo uma clínica pediátrica em Odessa, disse a OMS a propósito do terceiro aniversário da invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
"Não se trata apenas de edifícios, mas de vidas perturbadas, de cuidados de saúde que não podem ser prestados", disse o representante da OMS na Ucrânia, Jarno Habicht, citado pela agência espanhola EFE.
Habicht referiu-se também a "uma pressão imensa sobre os trabalhadores da saúde exaustos que continuam a trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana".
Os últimos inquéritos da OMS indicam que 82% dos ucranianos têm problemas de acesso a medicamentos e 35% adiaram consultas médicas devido a problemas financeiros, de segurança ou de disponibilidade de cuidados de saúde.
Um quarto dos inquiridos respondeu que o acesso aos cuidados de saúde piorou em três anos de guerra e seis em cada 10 dizem sofrer de 'stress' psicológico, em comparação com um em cada 10 antes do conflito.
Segundo Habicht, estima-se que 9,2 milhões de ucranianos necessitarão de ajuda humanitária durante este ano.
A OMS quer ajudar pelo menos três milhões de ucranianos, com um investimento de 130 milhões de dólares (mais de 124 milhões de euros, ao câmbio atual), acrescentou.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares dos três anos de guerra na Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm afirmado que será elevado.
A guerra foi desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que alegou ter como objetivo "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
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