Um grupo de polícias deslocou-se ao HKPORI - uma organização independente -- esta manhã, ao mesmo tempo que Chung foi conduzido de sua casa às instalações do instituto de sondagens para assistir presencialmente à operação busca, de acordo com a agência EFE.
O incidente configura um novo desenvolvimento na investigação das autoridades de Hong Kong, que colocaram em dezembro último Chung Kim-wah, um antigo diretor-geral adjunto do HKPORI, a viver no Reino Unido desde 2022, numa lista de procurados pelo departamento de Segurança Nacional.
Chung Kim-wah, de 64 anos, foi acusado de defender repetidamente a independência de Hong Kong nas redes sociais entre maio e junho de 2023, bem como de apelar a sanções contra Pequim e a cidade semiautónoma no período de 2020 a 2023.
Três dias depois de ter sido colocado na lista de procurados por alegadas violações da lei de segurança nacional, Chung Kim-wah garantiu aos meios de comunicação social que não mantinha qualquer vínculo com o HKPORI.
A sua situação, de acordo com a EFE, suscitou "novas preocupações quanto à liberdade de expressão na região".
Por outro lado, Robert Chung afirmou em dezembro passado que não existem ligações entre o antigo diretor e o HKPORI desde o fim do contrato de Chung Kim-wah em 2022, acrescentando que os dois já não estão em contacto.
Hong Kong procura, pelo menos, 20 antigos advogados e ativistas atualmente residentes em países como Canadá, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos.
Seis destes indivíduos foram adicionados em 24 de dezembro último à lista de pessoas sob investigação policial por alegados crimes de "conluio com forças estrangeiras" e "incitamento à secessão e subversão".
As autoridades da região administrativa especial estão a oferecer um milhão de dólares de Hong Kong (cerca de 126 mil euros) por informações que levem à detenção dos suspeitos de violarem a lei de Segurança Nacional que Pequim impôs à antiga colónia britânica em junho de 2020.
Esta lei criminaliza praticamente todas as formas de dissidência e utiliza definições alargadas para crimes como terrorismo, subversão, secessão e conluio com potências estrangeiras.
Além disso, confere a Pequim o poder de criar uma força de segurança no território e de influenciar a nomeação de juízes para julgar casos relacionados com a segurança nacional.
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