Este protocolo prevê também que os corpos de bombeiros tenham a responsabilidade pelas ambulâncias adstritas ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), pelo que se prevê que as duas centenas de viaturas de cor amarela atualmente ao serviço das corporações passem progressivamente para a cor vermelha, separando visualmente as duas instituições.
O acordo, que entra em vigor a 01 de janeiro, prevê um aumento das verbas mensais fixas para a existência de uma equipa INEM nas corporações mas também do valor pago por saída.
Durante este ano, o presidente do INEM, Sérgio Janeiro, referiu que o Estado prevê gastar 80 milhões de euros e, em 2025, esse valor deverá atingir os 100 milhões.
"Os valores praticados eram insuficientes para os corpos de bombeiros prestarem um serviço nas melhores condições", reconheceu Sérgio Janeiro, na cerimónia hoje no Ministério da Saúde, com a presença da titular da pasta, Ana Paula Martins, que não quis falar aos jornalistas.
Para o presidente da LBP, António Nunes, "quando se procuram objetivos comuns", que é "servir melhor as populações", é possível o "consenso e diálogo".
O dirigente elogiou a "abertura ao diálogo" da ministra da Saúde e recordou que os bombeiros são responsáveis por 90% dos mais de 1,5 milhões de transportes urgentes anuais, pelo que este acordo contribui para a "resolução de um problema que se arrastava há alguns anos".
"Os bombeiros precisam do apoio do Estado para desenvolver a sua atividade com eficiência", reconheceu.
A partir de agora, com este acordo, as associações de bombeiros passam a ser todas, pela primeira vez, postos de emergência médica (PEM), habilitadas para cuidados de prestação de socorro pré-hospitalar
PJA // CMP
Lusa/Fim