O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, admitiu esta terça-feira que o provável sucessor de Hassan Nasrallah como líder do grupo libanês Hezbollah poderá ter sido morto num ataque israelita.

"O Hezbollah é uma organização sem líder, Nasrallah foi eliminado, o seu substituto provavelmente também foi eliminado ", disse Gallant durante uma visita às tropas do Comando Norte, segundo a agência espanhola Europa Press.

Desde a morte de Nasrallah, no final de setembro, o seu primo Hashem Safiedin tem sido apontado como possível novo líder do grupo xiita libanês, embora Gallant não o tenha mencionado diretamente.

Fontes oficiais israelitas citadas na sexta-feira pelo diário norte-americano The New York Times disseram que Safiedin estava num edifício que foi atacado na quinta-feira à noite, em Beirute, estando incontactável desde então.

O ministro da Defesa israelita disse às tropas do Comando Norte que a falta de liderança do Hezbollah poderá ter "um efeito dramático" na guerra porque "não há ninguém na milícia que tome as decisões".

Gallant aproveitou o encontro com as tropas para destacar as operações em curso do exército israelita no Líbano contra o Hezbollah e afirmou que toda a região do Médio Oriente está em suspenso, segundo o jornal The Times of Israel.

"Quando o fumo no Líbano se dissipar, o Irão vai perceber que perdeu o seu bem mais valioso, que é o Hezbollah", disse Gallant, sugerindo uma possível eliminação total do grupo xiita, que conta com o apoio direto de Teerão.

O Irão chegou a atacar Israel em solidariedade com o Líbano e Gaza.

O conflito no Médio Oriente eclodiu há mais de um ano, quando o Hamas lançou uma ofensiva sem precedentes no sul de Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

O ataque desencadeou uma operação militar israelita contra a Faixa de Gaza que, até à data, causou a morte de cerca de 42.000 palestinianos.