"Nas últimas semanas, as tropas realizaram várias operações em diferentes áreas do sul do Líbano, incluindo Kfar Kila, Odaiseh, Rab al-Talatin, Markaba, Taybeh e Khiam", indica um comunicado militar divulgado hoje à tarde.

Questionados pela agência EFE, os porta-vozes das forças armadas israelitas rejeitaram especificar a que período correspondem estas semanas, bem como quantos milicianos do Hezbollah foram mortos.

O cessar-fogo entrou em vigor na madrugada de 27 de novembro.

Em 08 de dezembro, o número de milicianos de grupos pró-Irão mortos em ataques israelitas após a entrada em vigor do cessar-fogo subiu para 33, embora sem nova atualização.

Também "nas últimas semanas", as tropas israelitas mobilizaram-se na zona de Khiam, que descrevem como um antigo bastião do Hezbollah, matando um número não especificado de militantes.

Israel afirma aderir ao acordo de cessar-fogo nas suas operações, embora as autoridades libanesas denunciem que não procede de forma adequada.

Hoje, o Ministério da Saúde libanês indicou que uma pessoa morreu num ataque de 'drone' israelita no sul do Líbano, mais de duas semanas após o frágil cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.

No sábado, o exército israelita confirmou ter atacado um camião equipado com lança-foguetes do Hezbollah no sul do Líbano.

Telavive reconheceu na quinta-feira outro ataque contra a zona de Khiam, depois de as autoridades libanesas terem informado que Israel abriu fogo sobre a cidade pouco depois de anunciar a sua retirada.

Os Estados Unidos e a França fazem parte do comité de cinco partes, com o Líbano, Israel e a força da ONU no Líbano (FINUL), que deverá manter o diálogo entre os envolvidos e garantir que as violações do cessar-fogo sejam registadas e tratadas.

O exército libanês indicou, na quarta-feira, que se posicionou em torno da cidade de Khiam, a cinco quilómetros da fronteira, em coordenação com a FINUL, após a retirada das tropas israelitas daquela zona.

A guerra entre o Hezbollah e Israel fez quase 4.000 mortos no Líbano e devastou bastiões do grupo pró-iraniano.

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