
Vários israelitas foram detidos hoje depois de se aproximarem da fronteira de Gaza e entrado na "zona de segurança" que o exército israelita mantém junto ao enclave palestiniano, anunciaram as forças de segurança em comunicado.
"As tropas das FDI [Forças de Defesa de Israel] foram enviadas para a zona e recuperaram os civis em segurança. Os civis foram entregues à polícia israelita para serem interrogados", lê-se na mensagem.
O exército sublinhou que os israelitas não atravessaram o território de Gaza, mas advertiu que a aproximação à zona de segurança é perigosa e afeta as operações militares.
Vários familiares de israelitas raptados em Gaza aproximaram-se da fronteira do enclave e, munidos de microfones, enviaram mensagens aos entes queridos, pedindo-lhes que mantivessem viva a esperança.
No sábado, como em todos os sábados, milhares de israelitas voltaram a protestar em Telavive e Jerusalém e exigiram que o Governo israelita desse prioridade à assinatura de um acordo de cessar-fogo com o Hamas que permitisse a libertação dos prisioneiros (59, dos quais se estima que 24 ainda estejam vivos).
No mesmo dia, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, divulgou um vídeo de 11 minutos em que se recusa a pôr fim à guerra.
Numa declaração divulgada pelo seu gabinete às 22:00 (20:00 em Lisboa), depois do Shabat (dia de descanso), Netanyahu disse que o Hamas rejeitou a última proposta de tréguas apresentada por Israel - o grupo islamita não o fez oficialmente - e acrescentou que vai recuperar os reféns em Gaza "sem se render ao Hamas", deixando claro que, de momento, o fim da ofensiva no enclave palestiniano não está entre os seus planos.