
O Kosovo, antiga província sérvia, elege hoje um novo parlamento pela sexta vez desde a sua independência, em 2008, entre tensões interétnicas entre albaneses e sérvios, mas também com crescentes desafios sociais e económicos.
O principal favorito para vencer as eleições é o partido no poder 'Vetëvendosje' (Autodeterminação), do atual primeiro-ministro e antigo líder estudantil Albin Kurti, que, de acordo com as sondagens, pode obter mais de 50% dos votos.
Os partidos albaneses, que representam mais de 90% da população do Kosovo, partilham o objetivo principal de alcançar o reconhecimento total do Kosovo, reforçar a sua soberania e aproximar-se da União Europeia (UE) e da NATO, mas também de encerrar todas as instituições paralelas do Estado sérvio no seu território.
Entretanto, os sérvios do Kosovo, que se estima constituírem 6% da população, estão a exigir a criação da Comunidade de Municípios Sérvios, acordada em 2013, o que lhes daria maior autonomia num país cuja independência rejeitam veementemente.
De acordo com a Comissão Eleitoral Central, 1.280 candidatos de 28 partidos concorrem aos 120 lugares no parlamento, 10 dos quais estão reservados para sérvios e 10 para outras minorias étnicas que vivem no Kosovo. No total, quase dois milhões de eleitores estão aptos a votar num país que, segundo os censos de 2023, tem apenas 1,6 milhões de habitantes.
A UE enviou cerca de 100 observadores para estas eleições, incluindo uma delegação do Parlamento Europeu que é liderada pela eurodeputada portuguesa socialista Marta Temido.