Um avião da TAP, que fazia a ligação Lisboa-Londres esta terça-feira, aterrou de emergência no Porto depois de terem sido detetados odores estranhos na cabine. Dois passageiros foram assistidos no local e 8 pessoas tiveram de ser encaminhados para o hospital.

O voo da TAP 1356 com destino a Londres partiu de Lisboa com uma hora de atraso, às 15h45. Mas, pouco depois, às 16h56, aterrou de emergência com 196 passageiros a bordo no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, depois de ter sido detetado um cheiro estranho na cabine.

A companhia aérea desvaloriza a gravidade da situação que, diz, acontece em variados aviões, de diferentes companhias aéreas. A tripulação, explica ainda a TAP, agiu de acordo com o protocolo e ativou os mecanismos de emergência.

Foram acionados não só os bombeiros presentes no aeroporto, mas ainda outras corporações, num total de 60 operacionais. A TAP garante que não há registo de gases tóxicos, mas à saída da aeronave algumas pessoas apresentavam sintomas ligeiros, como náuseas e indisposição.

Dois passageiros foram assistidos no local, quatro tripulantes - dois pilotos que não apresentavam queixas e dois hospedeiras com sintomas ligeiros - foram encaminhados para o Hospital de S. João e outros quatro passageiros foram levados para o Hospital de Pedro Hispano. Já todos tiveram alta.

Os restantes viajantes seguiram para Londres ainda na terça-feira, numa outra aeronave, já que o avião onde ocorreu o incidente ficou em terra, para ser alvo de uma peritagem. Está a ser analisado, mas ainda não há conclusões sobre o que poderá ter provocado o odor na cabine.

Em 2019, foram notícia episódios semelhantes de mau odor na cabine e cockpit dos na altura novos A330 da TAP. Na altura, como agora, a companhia aérea garantiu que a segurança de passageiros e tripulação nunca esteve em causa. Assegurou ainda que o setor da aviação é muito controlado. Se houvesse algum tipo de problema identificado, já teria havido uma intervenção.

Contactado pela SIC, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves confirma que iniciou um processo de recolha de informação e decidir, depois, se há matéria para investigação.

Esse processo está, ainda, numa fase inicial. Adiantou, ainda, que a existência de odores estranhos nas cabines dos aviões é uma situação que não é invulgar e que já foi objeto de vários estudos pela indústria e por outros organismos de investigação de segurança.