"A luta contra o Daesh [sigla em árabe para Estado Islâmico] é uma prioridade absoluta", declarou o chefe de Estado no final de uma conferência sobre a Síria, em Paris.

"Como tal, ter uma parceria estreita com a coligação (internacional) Inherent Resolve é uma ideia muito boa", sugeriu, apelando também a todos os parceiros desta coligação para "reavaliarem a sua postura".

O Ocidente, liderado por Washington, continua como parte desta operação para atacar a organização Estado Islâmico, derrotada em 2019, mas que ainda constitui uma ameaça no Iraque e na Síria.

Emmanuel Macron salientou que, "se a Síria decidisse uma proposta de cooperação, a França olharia para ela com mais do que benevolência, compromisso".

"Não precisamos apenas dizer a vocês: 'lutem contra esses grupos terroristas'. Estamos prontos para fazer isso ao vosso lado e talvez até mais. Então vamos lá!", desafiou.

Para o Presidente francês, "o objetivo prioritário é a segurança, é garantir que a Síria não volte a ser uma plataforma logística para milícias ligadas ao Irão e que participam na sua agenda de desestabilização regional".

"A Síria deve claramente continuar a lutar contra todas as organizações terroristas que semeiam o caos no seu país e que querem exportá-lo", insistiu.

O presidente francês também apelou ao novo líder sírio interino, Ahmad al-Chareh, e ao seu governo para que integrem plenamente os curdos sírios, aliados do Ocidente na luta contra o Estado Islâmico, no próximo processo de transição.

No seu entender, a sua integração total na transição síria servirá "o seu objetivo de segurança porque são combatentes fortes, numerosos".

"A vossa responsabilidade hoje é integrá-los (..) com o mesmo objetivo, lutar contra os grupos terroristas que vos desestabilizam", disse, assegurando: "Tudo o que pudermos fazer para ajudar com isso, pelo bem da sua segurança e da segurança dos seus vizinhos, faremos".

HN // RBF

Lusa/fim