"Ainda temos fogos neste momento, portanto, no final quando estivermos a fazer o rescaldo, quando se fizer o ponto da situação, faremos o relatório e, como sempre, apreenderemos e iremos e estaremos à vossa disposição para esclarecer se houve ou não houve falhas, se tudo correu bem, mas isso tem também o seu tempo", declarou Margarida Blasco.

Ao quinto dia de incêndios, esta foi a primeira declaração pública da ministra da Administração Interna no âmbito de uma conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), para se fazer o ponto de situação às 20:00 do combate aos incêndios.

Questionada sobre se se sente fragilizada por este processo ter sido liderado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, Margarida Blasco disse que "o senhor primeiro-ministro quando fala, fala em nome do Governo", referindo que houve "um acompanhamento a par e passo da evolução desta tragédia" e "todo o Governo esteve informado desde a primeira hora".

"As boas práticas aconselham a que não haja intervenções desnecessárias no terreno de operações, nem intervenções e presenças desadequadas, quer no teatro de operações, quer no contexto comunicacional, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação, de prestação de esclarecimentos e recomendações, oportunos e necessários, às populações", reforçou.

Sobre a posição do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, que reclamou esta quarta-feira a demissão dos responsáveis pela coordenação técnica operacional na sequência das três mortes de bombeiros de Tábua, a ministra recusou comentar.

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