O primeiro-ministro criticou o Chega, esta terça-feira, em entrevista à SIC, pelas múltiplas posições assumidas durante as conversas sobre o Orçamento do Estado para 2025. Luís Montenegro considera que não é possível dialogar com o partido liderado por André Ventura.

Questionado sobre se seria a contragosto que veria o Orçamento do Estado ser aprovado não pelo PS, mas pelo Chega – que, esta terça-feira, reuniu a bancada parlamentar para avaliar a decisão, reequacionando o voto contra “irrevogável” pré-anunciado por André Ventura -, o primeiro-ministro desvalorizou a ideia.

“Os deputados do Chega farão aquilo que entenderem”, declarou Luís Montenegro, lembrando que o partido “já teve, seguramente, mais de dez posições” sobre a viabilização deste Orçamento.

Ainda que, se tal acontecesse, garante, “não incomodaria” o Governo.

“Ficava à mostra um jogo que ninguém compreenderia.”

Questão diferente, sublinha, é a existência de “qualquer negociação” entre o Executivo e aquele partido.

“Não é possível haver diálogo produtivo. Transformou-se num catavento. Não se apresentou sequer à altura de negociar com o Governo”, atirou.