"O número total de mulheres na instituição F-FDTL é atualmente de 361, o que corresponde a 11% do total das forças armadas", afirmou à Lusa a capitã Marquita Cunha, que falava à margem das celebrações antecipadas do Dia da Mulher, que decorreram hoje na capital timorense.

Segundo a responsável, aquele número é considerado suficiente dada a natureza daquela instituição que difere de outras organizações, nomeadamente no processo de recrutamento.

"Em futuros recrutamentos para as F-FDTL, vão continuar a ser dadas oportunidades às mulheres para que concorram às vagas e integrem as forças armadas", explicou.

Marquita Cunha destacou também que as mulheres nas F-FDTL têm dado um grande contributo para o desenvolvimento da instituição ao longo dos últimos anos.

"Vejo mudanças significativas, com as mulheres envolvidas em todas as áreas da F-FDTL, como engenharia, medicina e outras componentes. Isto demonstra um progresso positivo e uma grande capacidade", sublinhou.

A capitã timorense incentivou as mulheres a continuarem a trabalhar com dedicação e a empenharem-se em ações que sejam benéficas para si próprias, para as suas famílias e para a instituição.

Já a vice-secretária da mesa do Parlamento Nacional, Bendita Moniz Magno, destacou que as mulheres representam 34% (24) dos 65 deputados que compõem o hemiciclo.

"Quando uma deputada deixa o Parlamento Nacional, o ideal é que seja substituída por outra mulher, para que o número de mulheres não diminua naquele órgão de soberania", afirmou.

A deputada elogiou a lei eleitoral, que considera ter criado um espaço adequado para a participação feminina na vida política, e manifestou esperança de que, nas próximas eleições legislativas, o número de deputadas possa aumentar ainda mais.

Em Timor-Leste, além das mulheres ocuparem mais de um terço dos assentos no parlamento, assumem também vários cargos no Governo e nas instituições do poder local.

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