As plataformas de investimento estatais chinesas anunciaram nas últimas horas um aumento das suas participações em fundos negociados em bolsa (ETFs) e em ações de empresas estatais, no âmbito dos esforços para estabilizar as praças financeiras chinesas.

O China Chengtong Holdings Group, sob a alçada da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais do Conselho de Estado, disse esta terça-feira que as suas filiais financeiras expandiram as posições nestes ativos.

De acordo com um comunicado publicado na sua conta oficial na rede social Wechat, a empresa vai continuar a fazer aquisições em grande escala em empresas estatais e empresas "empenhadas na inovação tecnológica".

"Uma abordagem de longo prazo"

A entidade expressou vontade de desempenhar um papel de investidor a longo prazo e de contribuir para o desenvolvimento das empresas cotadas. Também a China Reform Holdings, outra empresa de investimento estatal, emitiu uma mensagem a expressar confiança nas perspetivas do mercado e a intenção de atuar como capital estratégico com "uma abordagem de longo prazo".

A estas ações juntou-se uma iniciativa anunciada na segunda-feira pelo fundo de investimento estatal Central Huijin, que afirmou ter aumentado recentemente as suas participações em ETF e que iria continuar a fazê-lo.

A empresa reiterou, numa declaração, o empenho no "funcionamento estável" do mercado de capitais. Os anúncios foram feitos numa altura de quedas generalizadas nos mercados bolsistas asiáticos e num dia em que as bolsas de Xangai e Shenzhen, na China continental, caíram 7,34% e 9,66%, respetivamente.

No mesmo dia, o principal índice bolsista de Hong Kong caiu 13,2%, a maior queda desde a crise de 2008, devido aos receios de uma recessão global, depois de os Estados Unidos terem imposto taxas "recíprocas" e de a China ter respondido com uma taxa de 34% sobre todos os produtos norte-americanos.