"Não esqueceremos e não perdoaremos", frisou o líder do movimento sediado no Qatar sobre o "sofrimento" infligido ao povo palestiniano pela guerra entre o Hamas e Israel, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamista em Israel e que dura há mais de quinze meses, durante os quais mais de 46.700 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza.
O Hamas já tinha referido, em comunicado, que o acordo de cessar-fogo em Gaza foi o resultado da "tenacidade" do povo palestiniano e da "valente resistência" do movimento islamista.
O acordo abriu "o caminho para a concretização de as aspirações do [seu] povo pela libertação", sublinhou ainda.
O primeiro-ministro do Qatar confirmou o acordo, após 15 meses de conflito, avançando que a trégua deverá entrar em vigor no domingo.
O anúncio de Mohammed bin Abdulrahman Al Thani ocorreu em Doha, capital do Qatar, país mediador e que tem acolhido as negociações minuciosas indiretas que decorrem há várias semanas.
Mohammed bin Abdulrahman Al Thani referiu que o acordo alcançado abre o caminho para dezenas de reféns israelitas regressarem a casa, confirmando a libertação de 33 reféns israelitas durante a primeira fase da trégua na Faixa de Gaza.
O governante especificou que a primeira fase da trégua tem uma duração prevista de 42 dias.
O acordo também permitirá a entrada da ajuda humanitária no território.
DMC (SCA) // RBF
Lusa/Fim