"Um ataque israelita teve como alvo um apartamento num edifício residencial no bairro de Mazzé, frequentado por líderes do Hezbollah libanês e da Guarda Revolucionária iraniana", matando pelo menos três pessoas, incluindo dois não sírios, e ferindo outras quatro, indicou esta organização não-governamental (ONG).

Uma fonte militar síria, citada pela agência oficial de notícias síria, Sana, referiu que "o inimigo israelita realizou um ataque aéreo (...) visando um edifício residencial no bairro de Mazzé, em Damasco".

"Três civis foram mortos e outros três ficaram feridos", frisou a agência, que relatou ainda "danos materiais causados a propriedades privadas em redor do local".

O edifício visado está localizado a cerca de 500 metros do local de um ataque que matou seis pessoas na terça-feira: três civis e três combatentes de grupos pró-iranianos, incluindo um membro do Hezbollah.

O bairro de Mazzé alberga missões diplomáticas e escritórios da ONU.

Desde que a guerra civil eclodiu em 2011 na Síria, Israel realizou centenas de ataques no país visando o Exército sírio e grupos pró-iranianos, nomeadamente o Hezbollah, destacados em apoio das forças governamentais.

As autoridades israelitas raramente comentam estes ataques, mas dizem que não permitirão que o Irão, inimigo jurado de Israel, expanda a sua presença na Síria.

Os ataques têm aumentado nos últimos dias, nomeadamente na fronteira entre o Líbano e a Síria, onde dezenas de milhares de pessoas que fogem dos bombardeamentos israelitas no Líbano atravessaram para a Síria.

Israel está a mobilizar cada vez mais soldados ao longo da fronteira com o Líbano, disse o movimento xiita Hezbollah, apoiado pelo Irão.

Também o exército libanês anunciou que tropas israelitas tinham atravessado a chamada Linha Azul, a fronteira de facto que separa os dois países vizinhos.

A ofensiva terrestre de Israel ocorre após 10 dias de pesados bombardeamentos aéreos no sul e leste do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, os principais redutos do Hezbollah no Líbano.

Os bombardeamentos mataram dirigentes do Hezbollah, incluindo o chefe máximo da organização apoiada pelo Irão, Hassan Nasrallah.

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