A Europa "está a ser ameaçada a partir do estrangeiro por uma guerra imperialista e autoritária no Leste e também, a partir do interior, por cidadãos assustados e inseguros, até mesmo radicalizados", afirmou Merz durante o discurso no congresso do seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), em Berlim.

Friedrich Merz apelou ainda aos seus concidadãos para continuarem a apoiar a Ucrânia face à guerra russa, dizendo que a paz e a liberdade na própria Alemanha também estão em causa.

"A luta da Ucrânia contra a agressão russa é também uma luta para manter a paz e a liberdade no nosso país", disse o conservador na sua intervenção, acrescentando que a ofensiva de Moscovo "ataca a ordem política do continente europeu como um todo".

Merz prometeu continuar a apoiar a Ucrânia para preservar a paz na Alemanha e revelou parte do seu Governo, incluindo um ministro dos Negócios Estrangeiros, Johann Wadephul, que é altamente crítico do Kremlin.

O chanceler eleito lamentou ainda a falta de confiança na democracia no seu país, algo sem precedentes desde o período pós-guerra, sobretudo em referência à ascensão da extrema-direita.

"A confiança na nossa democracia nunca esteve tão abalada desde o fim da Segunda Guerra Mundial", afirmou.

O conservador de 69 anos, que deverá ser confirmado chanceler pelos parlamentares em 06 de maio, garantiu que o seu país "mais uma vez" assumirá "as suas responsabilidades como líder na Europa e com os outros membros da União Europeia" (UE).

A União Democrata Cristã (CDU) foi a vencedora das eleições parlamentares de 23 de fevereiro e, para governar, chegou a um acordo de coligação com o Partido Social Democrata, o SPD.

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