Das autárquicas à pré-campanha das presidenciais e aos prazos de dissolução do Parlamento pelo Presidente da República, o calendário político para os próximos meses vai ser agitado. Este será o caminho polítco do país até ás próximas eleições para Belém.

Fevereiro de 2025

  • Acontece, nos dias 1 e 2, a convenção nacional da Iniciativa Liberal, em Lisboa. Os liberais vão eleger os seus órgãos nacionais– e Rui Rocha recandidata-se à liderança do partido.

Maio e junho de 2025

  • Depois, é a vez da esquerda. De 31 de maio a 1 de junho, o Bloco de Esquerda organiza a 14.ª Convenção Nacional do partido, em Lisboa. Vão ser eleitos os órgãos nacionaisbloquistas.

Julho de 2025

  • Termina o mandato de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal (nomeação feita pelo anterior governo, liderado pelo PS). Centeno já disse estar disponível para um segundo mandato, mas é também um dos potenciais candidatos às eleições presidenciais.

Setembro de 2025

  • Pode ser já neste mês que acontecem as próximas eleições. As autárquicas estão previstas para o outono de 2025, podendo decorrer tanto em setembro como em outubro. A data só será decidida no próximo ano.

Outubro de 2025

  • A partir de dia 9 de outubro, o Presidente da República perde o poder de dissolução do Parlamento. Marcelo Rebelo de Sousa entra no último semestre do mandato presidencial, que termina a 9 de março de 2026.
  • Logo no dia a seguir, a 10 de outubro, deverá ser apresentado na Assembleia da República o Orçamento do Estado para 2026.

Novembro de 2025

  • A votação do Orçamento do Estado deve realizar-se no prazo de 50 dias após a data da sua admissão pela Assembleia da República, pelo que pode acontecer neste mês de novembro. Este é considerado um momento decisivo para o futuro Governo, depois de o PS ter viabilizado, pela abstenção, as contas de 2025 e de ter dado sinais de que essa votação não se repetirá. Embora a direita, com o Chega, tenha maioria no Parlamento, os deputados da AD (PSD/CDS) e da IL não são suficientes para fazer passar o documento, dado que o primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), recusa acordos com o Chega.
  • É também durante o mês de novembro que deverão ser marcadas as eleições presidenciais de 2026. Segundo o artigo 11.º da lei eleitoral, o "Presidente da República marcará a data do primeiro sufrágio para a eleição para a Presidência da República com a antecedência mínima de 60 dias". Nas anteriores presidenciais, o Marcelo Rebelo de Sousa marcou as eleições de 24 de janeiro de 2021 em 24 de novembro de 2020. A formalização das candidaturas só acontecerá depois dessa data, mas a apresentação de candidatos pode acontecer antes. Há várias personalidades, à esquerda e à direita, a refletir sobre uma candidatura. É o caso do ex-líder do PS António José Seguro, o antigo comissão europeu António Vitorino, o ex-ministro Marques Mendes, do PSD, ou ainda do ex-Chefe do Estado-Maior da Armada Gouveia e Melo. As candidaturas, porém, só se definirão em 2025.

Janeiro de 2026

  • É o mês de eleições presidenciais. Será a 11.ª vez que os portugueses são chamados a eleger um Presidente em democracia, desde o 25 de Abril de 1974.

Março de 2026

  • A 9 de março, Marcelo Rebelo de Sousa terminará o mandato em Belém. Será nesta data que o futuro Presidente da República tomará posse.

Com Lusa