Em finais de 1806, o imperador Napoleão Bonaparte controlava a Europa continental mas não tinha uma esquadra naval capaz de rivalizar com a britânica. Assim, decidiu o bloqueio dos portos continentais ao comércio britânico. Portugal ficou então perante um dilema de difícil resolução: se fechasse os seus portos ao comércio britânico, arriscava-se a perder o Brasil para o Reino Unido; se não o fizesse, arriscava-se a ser invadido pelo exército napoleónico. Como Portugal não aderiu ao bloqueio continental, o país foi invadido em novembro de 1807 por um exército francês comandado pelo general Junot. Dias antes, a Família Real, a Corte, o governo, e parte da administração, tinham embarcado apressadamente para o Brasil.

A partir de junho de 1808, o invasor francês encontrou forte resistência dos portugueses, com a proclamação da "Junta provisória do Supremo Governo do Reino” e a acção das guerrilhas. O fracasso das três invasões napoleónicas não ficou pois a dever-se apenas ao exército britânico, que desembarcou pela primeira vez em Portugal em agosto de 1808, mas também à resistência popular, nas suas múltiplas facetas, e ao exército português, reorganizado então sob comando britânico.

SIC Notícias

Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas. Oiça aqui outros episódios: