Membro de uma família aristocrata e liberal e próximo do rei D. Carlos, Thomaz de Mello Breyner podia ter sido um médico da chamada “boa sociedade”. No entanto, optou sobretudo por dedicar-se abnegadamente ao Hospital do Desterro e a consultas que outros médicos tinham relutância em assumir: as de “moléstias sifilíticas e venéreas”, então chamadas de “doenças vergonhosas”.
No dia 1 de janeiro de 1897, Thomaz de Mello Breyner começou a escrever um diário que se prolongou pelos 36 anos seguintes, até poucos dias antes da sua morte, que ocorreu a 24 de outubro de 1933. Este diário, pela sua extensão temporal, clareza, riqueza de pormenores e diversidade temática, é uma fonte fundamental para a História contemporânea de Portugal. O que escreveu Thomaz Mello Breyner aquando do regicídio do rei D. Carlos e do príncipe real D. Luís Filipe? Como descreveu o ambiente que se vivia em Lisboa durante a I república? Que comentários deixou sobre políticos monárquicos e republicanos, sobre o rei D. Manuel II, ou sobre a ascensão de Salazar?
Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas. Oiça aqui outros episódios: