![O poder das cabeças grisalhas numa organização que busca talento](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
Numa Europa grisalha, Portugal está no pódio dos que mais envelhecem: a população idosa no país cresce acima dos 2% ao ano desde 2019, tendo aumentado 3,7% entre 2022 e 2023, o que significa que por cada 100 jovens há hoje 188 pessoas com mais de 65 anos (só em Itália é pior, com um jovem por cada dois idosos). Os números são do Pordata e revelam uma realidade ainda mais preocupante: por cada pessoa mais velha na sociedade portuguesa já há apenas 2,5 cidadãos ativos — e neste padrão de dependência de idosos Portugal é o campeão da desgraça europeia.
Os números (bem como as consequências desta realidade quer no peso das prestações sociais que pendem sobre os ativos quer na sustentabilidade do sistema de pensões) trazem porém uma pergunta premente: uma pessoa de 65 anos é velha? É inválida? Não pode nem deve contribuir mais para a sociedade? E por outro lado: se mantivermos as pessoas que quiserem continuar em atividade nos quadros, isso não impede a entrada de jovens? Não cristaliza a forma de fazer as coisas e condena a inovação? Não afasta o talento?
O idadismo é um dos temas que têm estado em cima da mesa numa sociedade com os traços da portuguesa, mas o valor da experiência não tem sido tão falado quanto deveria. Consciente da necessidade de chamar o assunto a debate, a Fundação Santander escolheu-o para o regresso das suas Beyond Profit Talks, um ciclo de conferências que pretendem trazer à reflexão os desafios do nosso tempo. Em parceria com o SAPO, nesta sexta-feira, pelas 13.00, no Auditório Santander, em Lisboa, a pergunta em palco é "A idade leva, ou eleva, o talento?".
Isabel Viegas, cofundadora da Associação dNovo, e João Machado, presidente da Fundação AGEAS, são os convidados nesta primeira conferência da segunda série de conversas improváveis, com moderação do maestro Martim Sousa Tavares, focando temas como a mais-valia que as empresas podem ter em integrar diferentes gerações nas organizações, o estímulo criativo que vem da cooperação e colaboração integeracional ou as vantagens que decorrem destes movimentos, nomeadamente para construir uma sociedade mais inclusiva.
Acompanhe mais uma conversa improvável Beyond Profit, by Fundação Santander, no auditório (inscreva-se aqui) ou reserve para ver com tempo aqui no SAPO.
Pode ainda ver aqui as anteriores conversas improváveis, que já se debruçaram sobre temas como O Poder das Artes na Sociedade, A Educação Precisa de Inovação e O Amor Como Critério de Gestão.