
O primeiro-ministro da Hungria, o nacionalista pró-russo Viktor Orbán, disse no domingo que os líderes europeus que se reuniram em Londres querem prolongar a guerra na Ucrânia em vez de buscar a paz, o que considerou "mau, perigoso e errado".
"Os líderes europeus decidiram hoje, em Londres, que querem continuar a guerra em vez de optarem pela paz", afirmou o chefe de governo húngaro na rede social X.
O primeiro-ministro britânico Keir Starmer foi o anfitrião de uma cimeira informal de líderes europeus, em que participou também o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, com o objetivo de garantir a segurança da Ucrânia no caso de um acordo com a Rússia.
"Decidiram que a Ucrânia deve continuar a guerra. Isto é mau, perigoso e errado", acrescentou Orbán na mensagem sobre a cimeira.
Após o confronto verbal entre Zelensky e Trump na Casa Branca, na sexta-feira, Orbán foi um dos poucos líderes da UE a defender o líder norte-americano.
"A Hungria permanece do lado da paz", sublinhou ainda o primeiro-ministro húngaro, considerado o principal aliado na União Europeia do presidente russo Vladimir Putin, e também do presidente norte-americano Donald Trump.
A França e o Reino Unido propõem uma trégua de um mês na Ucrânia "no ar, nos mares e nas infraestruturas energéticas", divulgou no domingo o Presidente francês, Emmanuel Macron, ao jornal Le Figaro.
"Os homens fortes fazem a paz, os homens fracos fazem a guerra. O Presidente Donald Trump defendeu corajosamente a paz. Mesmo que isso tenha sido difícil de engolir para muitos. Obrigado, senhor presidente", escreveu Orbán no X.
Antes da cimeira sobre a Ucrânia e a segurança europeia, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, tinha anunciado que Paris e Londres estavam a trabalhar num "plano" para pôr fim ao conflito entre russos e ucranianos, que já completou três anos.