O Papa Francisco, internado com uma pneumonia bilateral, passou uma "noite tranquila" e, esta quinta-feira de manhã, levantou-se para tomar o pequeno-almoço.

O Sumo Pontífice, que está internado no Hospital Gemelli há cerca de uma semana, passou a noite "tranquilamente" e de manhã levantou-se da cama para "tomar o pequeno-almoço numa poltrona", adianta o serviço de imprensa do Vaticano.

"São boas noticias a juntarem-se às de ontem à noite, que diziam que o Papa estava a recuperar e com ligeiras melhorias", afirma Teresa Canto Noronha, enviada especial da SIC a Itália.

Francisco está internado com problemas respiratórios, que evoluíram para uma pneumonia bilateral. O quadro clínico chegou a ser apresentado como "complexo".

No quarta-feira, a condição clínica era "estável", com as análises ao sangue a revelarem uma "ligeira melhoria", sobretudo da "parte inflamatória". Depois do pequeno-almoço, leu "alguns jornais" e dedicou-se a atividades de trabalho com os "colaboradores mais próximos".

No mesmo dia, o líder da Igreja Católica recebeu a visita na primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni,que revelou que este está "alerta" e que não perdeu "o sentido de humor".

Apesar das ligeiras melhorias, com 88 anos e a saúde cada vez mais frágil, sobretudo devido a problemas pulmonares, que não são de agora, o Papa tem estado a 'fechar pendentes' e a preparar nomeações para cargos importantes que garantam a proteção do seu legado.

Segundo o jornal Politico, terá admitido a pessoas próximas que pode morrer devido à pneumonia bilateral. Com dores fortes e ao contrário das outras vezes, está a seguir expressamente os conselhos dos médicos.

Passado de doenças do Papa Francisco

Com 21 anos, Francisco removeu parte de um pulmão após uma infeção pulmonar.

Aos 88 anos, Jorge Mario Bergoglio, nome de nascimento, usa cadeira de rodas, andarilho ou bengala por causa de problemas nos joelhos e sofre de dores no nervo ciático. As constipações e gripes têm sido recorrentes.

Em 2021, foi-lhe removido um pedaço (33 centímetros) do cólon e, em 2023, foi submetido a outra cirurgia para remover tecido cicatricial intestinal e reparar uma hérnia abdominal.

Quando teve um caso grave de pneumonia, em 2023, saiu do hospital ao fim de três dias e só depois reconheceu que tinha sido internado de urgência depois de se sentir fraco e com uma dor aguda no peito.