Ainda que com pouca margem, o Partido Social-Democrata (SPD) do chanceler alemão Olaf Scholz está à frente da Alternativa para a Alemanha (AfD) nas eleições estaduais de Brandeburgo, no leste do país, este domingo, evitando uma nova vitória da extrema-direita.
Os inquéritos à boca das urnas fazem crer que o SPD, de centro-esquerda, vai mesmo ficar em primeiro lugar, apesar de durante toda a semana — e quase toda a campanha, na verdade — as sondagens darem a vitória à AfD.
Dietmar Woidke, líder do SPD em Brandeburgo — que disse que se demitiria se perdesse para a AfD — está aliviado “tendo em conta a posição inicial” em que se encontravam. “Dissemos que íamos enfrentar esta batalha e que o nosso objetivo, desde o início, era garantir que a nossa terra não ficasse com um grande selo castanho”, afirmou.
Estas eleições em Brandeburgo são uma prova para o SPD e para a governação de Scholz: o seu partido governa este estado desde a reunificação alemã, em 1990, e há risco de o perder para a extrema-direita, face aos bons resultados que a AfD conseguiu na Turíngia e na Saxónia, no início do mês.
Nas eleições estaduais de dia 1, a Alternativa para a Alemanha tornou-se o primeiro partido de extrema-direita a vencer num estado federado — a Turíngia — desde o final da II Guerra Mundial. Já o partido de centro-esquerda obteve o pior resultado estadual no pós-guerra. Na Saxónia, o SPD ficou em quarto lugar e a AfD em segundo; a vitória foi da União Democrata-Cristã (CDU), de centro-direita.
Se ganhar de facto em Brandeburgo, Olaf Scholz consegue um novo fôlego até às eleições legislativas na Alemanha que acontecem daqui a cerca de um ano.