"Nós definimos - e quando digo nós, é basicamente eu e o primeiro-ministro, mas também as estruturas partidárias, e não só do meu partido, e outras personalidades do Porto - um calendário para haver decisões a este respeito", afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares, respondendo a uma pergunta da audiência num almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal e subordinado ao tema "Desafios políticos para 2025".

Pedro Duarte admitiu que "há uma certa ansiedade crescente" quer em eventos como o de hoje, quer "na própria cidade do Porto", mas defendeu não poder "vacilar quando existe um plano e uma ideia muito concreta de como e quando" se quer apresentar uma candidatura autárquica à segunda maior cidade do país.

"Tem que haver sentido de responsabilidade. Eu não sou hoje em dia um cidadão absolutamente livre, porque estou no exercício de umas funções públicas, que decidi voluntariamente assumir, e portanto eu não sou só o Pedro Duarte potencial candidato, sou um ministro e enquanto ministro tenho que perceber que tenho responsabilidades e não posso abandonar de um dia para o outro, quando me apetecer", afirmou.

Ainda assim, admitiu que "é mais ou menos evidente" a sua "afinidade sentimental quase inexplicável" com a cidade do Porto.

"Qualquer apelo que venha da cidade do Porto para mim é muito relevante. Eu não ignoro, não consigo ignorar, por muito que quisesse, não posso ser indiferente. O máximo que posso dizer é que há de facto uma tentação íntima que é gigantesca", afirmou.

Quanto ao tempo da decisão, já em declarações aos jornalistas no final do almoço, voltou a remetê-la para a primavera.

"Não sou indiferente a um conjunto de vozes e de apelos e de pedidos e de manifestações que tenho tido junto da minha pessoa, de pessoas do meu partido, mas essencialmente pessoas de fora do partido e pessoas independentes ou até de outros partidos", reiterou.

SMA // ACL

Lusa/fim