Em declarações aos jornalistas após a entrega do documento ao vice-presidente da Assembleia da República (AR) Rodrigo Saraiva, Nuno Almeida, do STML, e António Pascoal, bombeiro e dirigente sindical, explicaram que hoje não houve qualquer reunião com o Governo, mas apenas um "ato institucional" com o parlamento.

A petição, lançada em maio deste ano, tem como objetivo, de acordo com Nuno Almeida, "chamar a atenção não só dos trabalhadores que são afetados por esta desvalorização, mas também da sociedade civil, que não conhece o nível de desvalorização a que estes trabalhadores estiveram votados durante décadas".

Segundo o sindicalista, em causa estão "questões de carreira, remuneratórias e da própria valorização dos trabalhadores, com um sistema de progressão e promoção que continua injusto e desadequado".

O regime de aposentação, alterado em 2019, terá de ser igualmente reposto, no entendimento do sindicato, que sublinhou também a questão de esta ser uma profissão de "desgaste rápido, notório e reconhecido por todos".

O sindicalista lembrou ainda o "sentimento de injustiça" relativamente ao pagamento do trabalho em dias feriados: "Quando foi reposto o pagamento do trabalho suplementar aos trabalhadores da administração pública, estes trabalhadores continuaram a receber ao dia de feriado o mesmo que recebiam desde o tempo da 'troika'."

As várias dezenas de sapadores presentes na iniciativa - fardados ou trajados com t-shirts pretas com as inscrições "Sem risco", "Não há bombeiros sapadores" ou "Bombeiros em luta" - permaneceram junto à entrada lateral da Assembleia da República à espera da delegação que entrou no parlamento para a entrega da petição, após a qual desmobilizaram.

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