O ministro do Interior polaco, Tomasz Siemoniak, considerou-a necessária e "a única resposta apropriada a [Presidente russo, Vladimir] Putin, que só compreende a linguagem da força".
Siemoniak sublinhou que a duração da guerra, "quase mil dias de agressão", não deixa margem para dúvidas sobre a necessidade de tomar medidas contundentes.
Por sua vez, Cezary Tomczyk, vice-ministro da Defesa da Polónia, afirmou que "a Rússia só conhece uma língua: a linguagem do poder", declarando que o Presidente dos EUA, Joe Biden, tomou "uma boa decisão".
Além disso, Malgorzata Paprocka, chefe do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Presidente polaco, Andrzej Duda, descreveu a decisão de Biden como "revolucionária" e "em linha com a política promovida pelo Presidente Duda", sublinhando a importância de responder à morte de civis inocentes.
Estas reações somam-se à mensagem publicada, na noite de domingo, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, sobre o levantamento das restrições à utilização de mísseis ocidentais pela Ucrânia.
"O Presidente Biden respondeu à entrada de soldados norte-coreanos na guerra e ao ataque massivo de mísseis russos numa linguagem que V. Putin entende: suspendendo as restrições ao uso de mísseis ocidentais pela Ucrânia. A vítima da agressão tem o direito de se defender", afirmou Sikorski na rede social X.
"A força faz dissuadir, a fraqueza provoca", acrescentou o chefe da diplomacia polaca.
A decisão de Biden surge depois de ter sido acordado em maio o uso de armas norte-americanas para atacar regiões fronteiriças do lado russo, mas sem incluir o uso de mísseis ATACMS de longo alcance ou outros mísseis de maior alcance.
A Ucrânia há muito que solicitava esta mudança, mas a Administração norte-americana tinha afastado esta decisão até agora, temendo que isso pudesse levar a uma nova escalada do conflito.
O Kremlin, por sua vez, alertou que consideraria tal medida uma escalada significativa.
Espera-se que a Ucrânia realize os seus primeiros ataques de longo alcance nos próximos dias, utilizando mísseis ATACMS, que têm um alcance de aproximadamente 300 quilómetros.
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