A invasão da aldeia, que dista 10 quilómetros da sede distrital de Quissanga, aconteceu por volta das 15:00 (13:00 em Lisboa) de quinta-feira, quando os rebeldes entraram a disparar contra populares que regressavam dos seus campos de produção agrícola, relataram os populares.

"O meu tio estava na mata, só se ouviam tiros na sede de Bilibiza", explicou uma fonte, a partir de Quissanga.

Após a invasão, várias pessoas fugiram a pé para Quissanga sede e outros locais, em busca de refúgio.

"Lá ninguém ficou. Estamos a fugir, os bandidos estavam a disparar", explicou outra fonte, que entretanto chegou a Pemba, capital da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

Não há informações de mortes entre as partes, mas na quinta-feira à tarde registou-se troca de tiros entre as forças estatais e os grupos terroristas que invadiram a aldeia. 

"Das 15:00 até pelo menos 17:30 só ouvíamos tiros (...) não sei se houve mortos ou não", disse outra fonte, a partir de Quissanga. 

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio de 2024, na sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de rebeldes a saquearem a vila, provocando vários morto e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam no combate aos ataques terroristas.

 

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Lusa/Fim