Em resposta a perguntas dos jornalistas, na sede da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou, sobre a próxima solução governativa, que "nem vale a pena cenarizar, porque a imaginação do eleitorado ultrapassa sempre todos os cenários que se possa ter considerado".

"É uma das lições que nós tiramos: que o eleitorado descobre sempre saídas, que da sua ótica são as preferíveis", reforçou.

O chefe de Estado tinha sido questionado sobre a notícia do jornal Expresso segundo a qual que, na sequência das legislativas antecipadas de 18 de maio, recusará uma solução governativa que não tenha garantias de ter o respetivo Programa do Governo viabilizado no parlamento.

O Presidente da República começou por responder que não fez "nenhuma declaração pública sobre isso".

Em seguida, falou do passado, referindo-se em particular à formação do atual Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, agora em gestão, ao qual deu posse em 02 de abril do ano passado.

"Compreender-se-á que logo na altura me preocupasse muito ter a certeza de não aparecer um Governo que não tivesse as garantias mínimas de aceitação do seu programa no parlamento", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que nomeou o primeiro-ministro e os demais membros do Governo já "sabendo, porque isso era anunciado, que o Programa do Governo ia ser viabilizado, porque o PS tinha já anunciado isso", o que "dava uma garantia de o Governo ir arrancar".

"Restava a dúvida de saber se o Orçamento a seguir era viabilizado ou não, e trabalhou-se muito para que fosse, e foi", acrescentou.

IEL // JPS

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