"O Hezbollah não pode ficar sozinho contra um país que é defendido, apoiado e abastecido por países ocidentais, europeus e pelos Estados Unidos", afirmou Pezeshkian numa entrevista à televisão norte-americana CNN, citada pela agência francesa AFP.

Pezeshkian, que deverá discursar hoje na Assembleia Geral da ONU, defendeu que "a comunidade internacional não deve permitir que o Líbano se transforme numa nova Gaza nas mãos de Israel.

"Temos de impedir os atos criminosos levados a cabo por Israel", acrescentou, segundo a agência de notícias libanesa NNA.

Israel anunciou hoje novos bombardeamentos no Líbano contra as infraestruturas e o armamento Hezbollah, após um dia de bombardeamentos em grande escala na segunda-feira, durante o qual afirmou ter atingido cerca de 1.600 alvos.

"Nas últimas horas, o exército atacou alvos terroristas do Hezbollah no sul do Líbano, incluindo lançadores de foguetes, infraestruturas terroristas e edifícios onde estavam armazenadas armas", declarou o exército num comunicado.

As autoridades libanesas divulgaram um balanço de 492 mortos e mais de 1.600 feridos nos ataques de segunda-feira, que atingiram diferentes zonas do sul e do leste do Líbano.

Várias companhias aéreas europeias e árabes cancelaram hoje as ligações com o aeroporto internacional de Beirute, devido aos bombardeamentos israelitas.

A NNA noticiou também que a Associação Libanesa de Futebol anunciou hoje a suspensão de todos os jogos dos campeonatos oficiais até uma data a determinar, devido às circunstâncias que o país está a atravessar.

O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o grupo palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza desde há quase um ano.

A ofensiva foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 07 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo Israel.

Os atacantes também fizeram duas centenas de reféns que levaram para Gaza.

O Hamas, que governo Gaza desde 2007, contabilizou mais de 41.400 mortos desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano.

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