"Os resultados são maus, temos de reconhecer, muito aquém da expetativa que nós tínhamos", referiu, numa declaração aos jornalistas na ilha do Sal, depois de o MpD ter perdido a maioria de que dispunha a nível das 22 autarquias.
Os resultados provisórios mostram uma reviravolta, com o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) a vencer em 15 municípios, ficando o MpD com sete.
Ulisses Correia e Silva assumiu a derrota e referiu que é preciso "distinguir as eleições autárquicas, são muito locais, muito direcionadas às candidaturas que se apresentaram".
"A democracia funcionou. É importante termos assistido a campanhas eleitorais tranquilas" e "o dia seguinte é um dia de normalidade em Cabo Verde, isto é muito bom", disse.
"A vida continua e não há fanatismo político", algo que considera "importante para a sociedade cabo-verdiana" e "importante para os políticos" face a "novos combates que estão aí à porta".
Segundo referiu, os órgãos do partido vão reunir-se e "avaliar os resultados, tranquilamente, tomar as melhores decisões e estar sempre em sintonia com aquilo que é mais importante para Cabo Verde: democracia, escolha livre dos cidadãos", sem condicionar liberdades.
Os municípios "vão trabalhar, os novos candidatos vão formar as suas equipas e a vida continua", concluiu.
Para as eleições de domingo havia cerca de 352 mil eleitores inscritos, sensivelmente mais 15 mil do que há quatro anos.
As próximas eleições em Cabo Verde, presidenciais e legislativas, deverão acontecer em 2026.
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