"O nosso plano é de 2.472 professores (...), estamos com défice de 2.220 profissionais, mas há um trabalho que estamos a fazer internamente para ver se se conseguem mais professores", disse hoje o diretor provincial da Educação em Tete, Francisco Jesus.

Segundo o representante, citado pela comunicação social, como forma de reduzir o défice, a província vai pagar as horas extras em dívida com a classe desde 2022 e "resgatar" alguns professores, afastados por motivos diversos.

Contudo, os professores reclamam horas extraordinárias em atraso de dois meses e 18 dias de 2022, de todo o ano de 2023 e de 2024.

"Uma parte dos professores foram pagos e alguns colegas ainda aguardam que as horas [extraordinárias] caiam nas suas contas", explicou ainda Francisco Jesus.

Em 28 de janeiro, o Governo de Moçambique admitiu ter um défice de cerca de 12.000 professores para o ano letivo 2025, reconhecendo que alguns profissionais da educação terão sobrecarga de horas extraordinárias para suprir as necessidades.

"Temos um défice de cerca de 12.000 professores e isso impõe um desafio grande", disse o porta-voz do Conselho Ministros, Inocêncio Impissa.

O porta-voz do Governo disse que, em média, cerca de um milhão de novos ingressos são admitidos no sistema nacional para o ensino primário e secundário e reconheceu que a contratação de novos professores não vai suprir o défice em todo o país.

 

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