O PS acusa Luis Montenegro, o PSD e o Governo de estarem a contribuir para a "degradação ética da política portuguesa" por não serem esclarecidas todas as questões da vida e relações profissionais do primeiro-ministro e por estar a ser feita uma confusão entre campanha eleitoral e ações governativas.

"Apelamos ao primeiro-ministro que pare de fazer orelhas moucas e torne pública a documentação sobre as sua atividade profissionais", afirmou o porta-voz do PS, Marcos Perestrello, numa conferência de imprensa em invocou a notícia do Expresso sobre financiamento do PSD.

“O que esta notícia do Expresso revela é a promiscuidade profunda entre o que é do partido, o que é do primeiro-ministro e o que é do Estado. É um padrão de falta de ética e de falta de seriedade que se reflete na afetação dos recursos do Estado ao serviço da campanha do PSD”, acusou o dirigente socialista, que também apontou "ligações inadequados" e "padrões éticos inadequados na atividade do primeiro-ministro e do Governo".

Lembrando que “correm dois processos na Procuradoria-Geral da República que envolvem o primeiro-ministro”, Marcos Perestrello manifestou a convicção de que até às eleições nenhum deles terá uma conclusão, até para que não possa ser entendido “como uma interferência na campanha eleitoral”.

"Está na mão do primeiro-ministro resolver a degradação ética que o PSD e o Governo estão a introduzir na política portuguesa. Quer pela confusão entre as atividades profissionais e empresariais do primeiro-ministro e a sua atividade pública, quer pela confusão entre o que é campanha eleitoral e o que é ação do Governo", apelou também o dirigente socialista. "Seria bom que fossem divulgadas as instruções que todos os governos fazem nos períodos de gestão", acrescentou Marcos Perestrello, que também é o cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Santarém.