Na cimeira da Organização do Tratado de Cooperação e Segurança, em Astana, Vladimir Putin, ameaçou a Ucrânia com o míssil Oreshnik, escreve o "Guardian".

Putin gabou-se de que a Rússia produz dez vezes mais mísseis do que todos os países da NATO juntos e ameaçou atacar centros de tomada de decisão em Kiev com seu novo míssil balístico de alcance intermédio, o Oreshnik. Disse, inclusive, que um míssil como esse não apareceria tão cedo em países ocidentais.

Na ótica do Presidente russo trata-se apenas de uma “resposta às ações do inimigo” – uma referência ao uso de mísseis fabricados pelos EUA e pelo Reino Unido dentro do território russo.

No caso de um uso massivo do Oreshnik, a força do ataque será comparável à de uma arma nuclear, afirmou.

E o alvo? Kiev. Putin referiu que os centros de tomada em Kiev são um possível alvo para este míssil, destacando que a Ucrânia já lançou vários ataques às principais cidades russas, Moscovo e São Petersburgo. De recordar que a Ucrânia realizou o seu maior ataque de drones contra Moscovo no início deste mês.

Na semana passada, fontes norte-americanas e do Reino Unido afirmaram ao jornal britânico que o míssil Oreshnik disparado contra Dnipro era um míssil balístico experimental de alcance intermédio (IRBM) com capacidade nuclear, que tem um alcance teórico abaixo de cerca de 5550 km - isto é, o suficiente para atingir a Europa de onde foi disparado no sudoeste da Rússia, mas não os EUA.

No Cazaquistão, de acordo com a agência governamental russa TASS, Putin voltou ainda a questionar a legitimidade do Governo ucraniano - as eleições encontram-se suspensas devido à aplicação da lei marcial: "Do ponto de vista legal, nem sequer têm o direito de dar ordens às Forças Armadas, porque são usurpadores do poder".