Rui Rocha revelou esta segunda-feira que será recandidato à liderança da Iniciativa Liberal, garantindo que tem "a energia necessária" para fazer do partido "uma solução de coragem, de mudança e de governação".
"Sou candidato. Há dois anos, precisamente por esta altura, um compromisso com os membros da Iniciativa Liberal de me apresentar a dois mandatos. A primeira parte da justificação para ser candidato é o compromisso que assumi e a segunda parte é um segundo mandato", afirmou o líder liberal em entrevista à SIC Notícias.
Rocha, de 54 anos, disse ainda que decidiu avançar com a recandidatura pela "necessidade de desenvolver uma solução política que traga mudança efetiva a Portugal".
"São estes dois grandes motores para me apresentar a um novo mandato a líder da IL", apontou, não pondo de lado a corrida a um terceiro mandato à frente dos liberais.
"Apoiar candidatura de Gouveia e Melo? Não representa o espaço liberal"
Sobre as Presidenciais de 2026, Rui Rocha descartou a hipótese do ex-líder liberal João Cotrim de Figueiredo ser um nome na corrida a Belém, tal como um possível apoio ao Almirante Gouveia e Melo.
"A opinião sobre Gouveia e Melo não é limitada pela sua condição militar, que já não a terá quando se candidatar. Estamos num momento que os direitos de cidadania não dependem de funções que cada um de nós exercem. Na minha visão, Gouveia e Melo não representa o espaço liberal, porque está ligado a um período [task-force da vacinação contra a covid-19] que liderou com eficiência mas não é este o perfil que se quer para Presidente da República", atirou.
Rocha poderá ter concorrência na corrida à liderança
Rui Rocha torna-se assim no primeiro candidato declarado à liderança do partido, nas eleições internas que se vão disputar na próxima Convenção Nacional do partido, marcada para os dias 1 e 2 de fevereiro.
O ex-candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves, que já tinha anunciado a candidatura, desistiu da corrida depois de ter sido revelado que falsificou assinaturas enquanto presidente de uma junta de freguesia no distrito do Porto.
Após a desistência, o movimento "Unidos pelo Liberalismo", que era até há pouco liderado por Mayan Gonçalves, poderá apresentar um novo candidato à liderança do partido. O nome de Rui Malheiro foi avançado para uma possível candidatura.