"No que diz respeito à adesão da Ucrânia à UE, trata-se de um direito soberano de cada país", disse Dmitri Peskov na conferência de imprensa telefónica diária, citado pela agência francesa AFP.

Peskov referiu que "ninguém tem o direito de ditar as regras a outro país", mas considerou ser "completamente diferente quando se trata de questões de segurança e alianças militares".

"A nossa abordagem neste domínio é diferente e bem conhecida", acrescentou.

Moscovo considera que a integração da Ucrânia na NATO, ou de qualquer outro país que se encontre na zona de influência russa, é uma linha vermelha.

Em dezembro de 2021, quando o mundo ocidental se tentava mobilizar para impedir a invasão da Ucrânia, Moscovo enviou aos Estados Unidos uma série de exigências, descritas como "garantias de segurança" para a Rússia.

Um ponto central foi o desejo de congelar a geografia da NATO em 1997, com o acordo NATO-Rússia e antes da vaga de alargamento da aliança a Leste.

A Rússia queria impedir os aliados que colocaram soldados e armamento nos países que pertenceram à União Soviética que entretanto aderiram à NATO, exigindo a retirada das tropas já estacionadas nesses países.

A lista inclui os Estados Bálticos e a Polónia, que fazem fronteira com a Rússia, e a Roménia e a Bulgária, na fronteira com o Mar Negro.

Em relação à Ucrânia, exigiu uma garantir em forma de tratado de que o país, bem como a Geórgia, nunca seria membro da NATO.

As exigências foram recusadas e a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

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