Pedro Nuno Santos diz que Luís Montenegro será o responsável no caso de a insegurança em Portugal aumentar. Num post sobre insegurança na rede social X, este domingo, o secretário-geral do Partido Socialista puxou os galões do PS sobre o tema: "se Portugal é um dos países mais seguros do mundo, é porque os diferentes governos do Partido Socialista o permitiram. Aliás, o PS sempre foi mais eficaz a garantir a segurança dos portugueses". Face a esta "herança reconhecidamente positiva", tira uma conclusão: "se a insegurança se agravar nos próximos anos, tal será da responsabilidade do Primeiro-Ministro e do seu governo".
Para Pedro Nuno Santos, a operação policial que ocorreu no Martim Moniz, em Lisboa, marcada pelas imagens de várias pessoas imobilizadas e encostadas à parede para serem revistadas, foi “uma rusga ocasional, desproporcional e sem resultados relevantes”, mas que é vista pela direita como a “chave para a segurança dos portugueses”.
“O PS sempre foi mais eficaz a garantir a segurança dos portugueses. A segurança é mantida de forma mais eficaz através de estratégias assentes no policiamento de proximidade, regular e permanente; da instalação das câmaras de vídeo vigilância, já aprovadas, para as zonas de maior risco, e de investimento no espaço público; e da existência de iluminação pública”, escreveu ainda Pedro Nuno.
Em resposta a esta publicação do líder socialista, o líder parlamentar do PSD recorreu ao mesmo meio: nas redes sociais, relembrou que, de acordo com o Índice Global de Paz, Portugal é o 7.º país mais pacífico do mundo, mas “desce pelo terceiro ano seguido e está na sua pior posição desde 2015”.
“PNS é de gargalhada! Os socialistas perderam a vergonha! Não mudaremos de rumo: primeiro as pessoas!”, escreveu Hugo Soares. No entanto, como nota a SIC Notícias, em 2015, com um executivo PSD-CDS no poder, Portugal estava em 11.º lugar e subiu nos anos seguintes, com governação socialista
Este domingo, em entrevista ao “Diário de Notícias”, Luís Montenegro admitiu que não gostou de ver as imagens da ação policial na Rua do Benformoso. “É uma situação anómala, que não é o dia a dia", comentou o primeiro-ministro, que acrescentou, contudo, que não viu "nenhum desrespeito pela dignidade das pessoas", justificando o aparato com a necessidade de se procederem a buscas: "É preciso compreender isso à luz deste critério, que presumo ter sido com base em boas práticas policiais".
Montenegro deixou ainda uma mensagem de apaziguamento: “Devemos olhar para os imigrantes que nos procuram como novos portugueses”, referiu, negando ter alguma vez feito “uma associação entre imigração e insegurança". "Acho que ela não existe”, reforçou.