"O balanço no incêndio trágico (no porto Shahid Rajai) subiu para 65 mortos", indicou o responsável da província de Hormusgão (sul), Mohammad Ashuri, situada a um milhar de quilómetros a sul de Teerão, citado pelos meios de comunicação social estatais iranianos.

O balanço anterior dava conta de 46 mortos e mais de um milhar de pessoas ficou ferida, tendo a maior parte delas deixado o hospital após ter sido tratada.

Apenas "120 pessoas feridas continuam no hospital", disse o ministro do Interior iraniano, Eskandar Momeni.

A explosão, ouvida a dezenas de quilómetros de distância, foi causada "por negligência", disse o ministro.

"Alguns dos culpados foram identificados e convocados (...). Houve falhas, nomeadamente o não cumprimento das medidas de segurança e negligência", acrescentou.

Os bombeiros continuavam no local a tentar apagar o incêndio, que deflagrou no sábado.

Um espesso fumo negro continua a elevar-se dos contentores empilhados no porto de Shahid Rajaï, de acordo com imagens transmitidas em direto pela televisão estatal na segunda-feira.

Este porto estratégico, por onde transitam um quinto da produção mundial de petróleo e 85% das mercadorias do Irão, fica próximo da grande cidade costeira de Bandar Abbas (sul), no estreito de Ormuz, mil quilómetros a sul de Teerão.

O Ministério da Saúde iraniano pediu aos cerca de 650 mil residentes da cidade para ficarem em casa "até nova ordem", devido a possíveis fumos tóxicos.

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