O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, reiterou hoje, num encontro com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, que a “única solução” para o conflito no Médio Oriente passa pelo reconhecimento do Estado palestiniano.
Starmer “enfatizou que a única solução para o ciclo de violência é criar um caminho credível e irreversível em direção a um Estado palestiniano”, revelou Downing Street, em comunicado.
A reunião entre o primeiro-ministro do Reino Unido e Abbas decorreu, em Nova Iorque, à margem da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
No encontro, o governante apresentou também as suas condolências pelos milhares de mortos na Faixa de Gaza e pediu um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns e ajuda humanitária.
Segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, Abbas salientou o impacto das relações bilaterais entre os dois países, especialmente na entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, mas não deixou de pedir mais ajuda aos britânicos em parar a catástrofe humanitária no enclave palestiniano, a escalada de violência e ataques israelitas na Cisjordânica ocupada, e em pedir a libertação de fundos palestinianos retidos por Israel.
Até esta quinta-feira, foram mortas pelos bombardeamentos israelitas 41.534 pessoas, incluindo mais de 16.500 crianças. Segundo os dados das autoridades de saúde de Gaza, foram registados mais de 96 mil feridos palestinianos e 10 mil desaparecidos, e ainda existem muitos por retirar debaixo dos escombros dos edifícios arruinados.
A ofensiva israelita foi despoletada pelos ataques do dia 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, pelo Hamas, com o grupo extremista a matar mais de 1.100 pessoas e a raptar mais de 200. Atualmente, ainda cerca de 130 reféns continuam retidos na Faixa de Gaza.
Entretanto, na Cisjordânia ocupada, as operações israelitas na região, que se intensificaram em resposta ao ataque do Hamas, já resultaram em pelo menos 718 palestinianos mortos pelas forças de segurança, incluindo mais de 160 crianças.