O incêndio rural que deflagrou no passado dia 16 em Albergaria-a-Velha deixou desalojadas pelo menos 40 famílias, causou danos em seis empresas e fez vítimas.

Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, Delfim Bismark, um homem que residia em Vila Nova de Fusos, União de Freguesias de Albergaria-a-Velha e Valmaior, e uma mulher de Frossos que ficaram feridos com gravidade na sequência do fogo não resistiram aos ferimentos.

O autarca referiu que a mulher, de 81 anos, que estava internada no hospital de Coimbra, morreu na madrugada desta segunda-feira.

O fogo entrou em fase de resolução na quarta-feira, causando até então a morte a duas pessoas, "um idoso que sofreu um enfarte e um colaborador de uma empresa que estava a combater as chamas e acabou por ficar carbonizado".

A Lusa contactou esta segunda-feira a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), que disse desconhecer o registo de mais mortes além das que foram anunciadas na semana passada. Mas, uma fonte do organismo indicou que, com o fecho das ocorrências, a entidade deixou de acompanhar o estado dos feridos.

Com as duas mortes ocorridas hoje, sobe para nove o número de pessoas que morreram devido aos incêndios rurais que atingiram desde o dia 15 sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A ANEPC contabilizou até sexta-feira, além de 120 feridos, cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

Os incêndios florestais consumiram entre os dias 15 e 20 cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.