É uma caça ao tesouro no mundo real. Jon Collins-Black criou um livro que permite aos entusiastas a oportunidade de emergir numa verdadeira expedição. São cinco caixas escondidas em cinco estados dos Estados Unidos avaliadas em dois milhões de dólares (cerca de um 1.9 milhões de euros).

Com 243 páginas, “There's Treasure Inside” foi publicado em novembro deste ano e já conquistou vários fãs. O livro é uma espécie de mapa do tesouro onde são contadas histórias e dadas pistas para que os aventureiros encontrem os objetivos escondidos.

Adquiridos em leilões, alguns dos tesouros podiam mesmo ter saído de uma arca pirata. São brincos rubi, um cálice de ouro ou colar de ametista. Outros são verdadeiros tesouros da história como um pingente de ouro de Picasso, copo de gelatina de George Washington, medalhas de ouro olímpicas, um cartão de basquetebol de Michael Jordan, o autógrafo de Amelia Earhart e cartas raras de Pokémon.

Onde e como esconder o tesouro?

Collins-Black explica que “queria que as cinco caixas fossem tão impressionantes como os próprios objectos”. Durante a procura, encontrou no museu Smithsonian uma caixa chamada The Coffer, criada Seth Gould, um ferreiro que tinha estudado caixas de puzzle no Japão. Acabou por comprar cinco, cada uma delas diferente.

“Uma caixa de tesouro que também é um puzzle? (...) A minha mente pensou: 'Pewww!'”, cita o The Guardian.

Depois, o passo seguinte foi pensar o mapa do tesouro. Começou por consultar o Google Maps para tentar perceber onde poderia esconder as cinco caixas. Leu as histórias dos locais e estudou as topografias. Depois andou cerca de 160 quilómetros numa missão de “reconhecimento maciço”. Foi um processo de vários anos.

De forma a conseguir manter a história o mais secreta possível, foram poucas as pessoas a trabalhar no livro. Eu realmente não podia consultar outras pessoas porque não queria que tivessem esse fardo”, explica à CNN.

Sobre questões de segurança, o escritor explica que não há necessidade de preocupação, uma vez que não será necessário fazer nada perigoso. Caso a localização dos baús se mantenha secreta durante muito tempo, Collins-Black admite que poderá dar mais pistas ou até criar uma continuação.

Atualmente, o livro tem conquistado vários entusiastas que já criar grupos para discutir as mais variadas teorias.

“Há um caçador de tesouros dentro de muitas pessoas. (…) Às vezes, nem se apercebem disso", explica Collin-Black.