
Georgescu levou o caso ao tribunal de Estrasburgo, argumentando que a Roménia tinha violado os compromissos internacionais sobre eleições livres, o direito a um julgamento justo e a liberdade de expressão, entre outros, pela decisão tomada pelo Tribunal Constitucional poucos dias depois da primeira volta das eleições.
Numa decisão unânime dos três juízes que examinaram o caso, o TEDH concluiu que não existiam provas que sustentassem as irregularidades alegadas por Georgescu. O tribunal declarou ainda, num comunicado, que já foi definida uma data para uma nova eleição, que será em 04 de maio.
Georgescu, o favorito nas sondagens eleitorais, quer voltar a candidatar-se para a disputa presidencial. No entanto, ainda não está claro se poderá participar no pleito.
Suspeito de ter beneficiado da ingerência russa durante as eleições presidenciais romenas de novembro, que acabaram por ser anuladas, Georgescu, de 62 anos, enfrenta uma longa lista de acusações.
O Ministério Público romeno acusou-o de falsas declarações sobre o financiamento da campanha, incitamento a ações inconstitucionais, organização de um grupo fascista e apologia de crimes de guerra.
Os serviços de informação romenos alertaram para as tentativas da Rússia de interferir no processo eleitoral, no qual Georgescu se apresentava como o candidato mais pró-russo.
Na quarta-feira, o Governo romeno ordenou a expulsão de dois diplomatas russos por alegadas ingerências no país.
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