
"Este lunático da esquerda radical, arruaceiro e juiz agitador que foi infelizmente nomeado pelo [ex-Presidente dos Estados Unidos] Barack Hussein Obama não foi eleito Presidente" nem "ganhou nada", escreveu Trump na rede social Truth Social.
Os comentários de Trump foram feitos depois de o juiz distrital James Boasberg, do distrito de Columbia, ter emitido uma ordem, no sábado, a suspender o envio, nesse dia, para El Salvador, de mais de 200 venezuelanos acusados ??de fazerem parte do gangue criminoso 'Tren de Aragua' no âmbito da Lei dos Inimigos Estrangeiros.
A lei, que remonta a 1798, só foi utilizada três vezes na História: durante a guerra de 1812 contra as tropas britânicas e durante as duas Guerras Mundiais.
A decisão de Boasberg não impediu que os três aviões que transportavam os venezuelanos deportados --- um dos quais nem sequer tinha levantado quando o juiz emitiu a ordem de devolução dos detidos a solo norte-americano --- aterrassem em El Salvador.
"Ganhei por muitos motivos, num mandato muito complexo, mas a luta contra a imigração ilegal pode ter sido a principal razão para esta vitória histórica. Estou simplesmente a fazer o que os eleitores queriam que eu fizesse", sublinhou Trump, na sua mensagem.
"Este juiz, como muitos dos juízes corruptos perante os quais sou forçado a comparecer, deve ser afastado do cargo! Não queremos criminosos agressivos, violentos e dementes, muitos dos quais são assassinos transtornados, no nosso país", concluiu.
Na segunda-feira, o Departamento de Justiça dos EUA pediu a um tribunal de recurso que retirasse o juiz Boasberg do caso das deportações, alegando ter havido um "exercício inapropriado de jurisdição".
No mesmo dia, um procurador-geral adjunto avisou Boasberg que este não tem autoridade para ditar a política nacional de imigração.
Um dos advogados que representam cinco dos venezuelanos deportados alertou para a "crise constitucional" que o caso representa, enquanto vários membros da Administração Trump insistem em condenar publicamente os juízes que bloqueiam as medidas, questionando a separação de poderes nos EUA.
PMC // APN
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