Oleksandr Turchynov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, disse hoje à BBC que é essencial que a marinha ucraniana regresse ao mar de Azov, para impedir que a Rússia reivindique o controlo dessa região.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia já respondeu a esta decisão do governo ucraniano, considerando-a uma "provocação".
Em 25 de novembro, a guarda costeira russa disparou contra três navios da marinha ucraniana e 24 marinheiros quando tentavam navegar do Mar Negro para o Mar de Azov.
A Ucrânia disse que seus barcos operavam de acordo com as regras internacionais, enquanto a Rússia alegou que os navios ucranianos não conseguiram obter permissão para passar.
Poucos dias depois do confronto naval, o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, acusou a Rússia de ter reforçado drasticamente a sua presença militar na fronteira com a Ucrânia e referiu a ameaça de uma "guerra total" com Moscovo, na sequência do incidente.
Já este mês, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, prometeu que o seu país não iria entrar em guerra com a Ucrânia, mas alertou Kiev contra qualquer provocação na sua fronteira.
"Não entraremos em guerra com a Ucrânia, prometo-vos", disse há duas semanas Serguei Lavrov, numa entrevista com jornalistas e leitores do jornal Komsomólskaya Pravda, emitida em direto na página deste órgão de comunicação social na Internet.
O chefe da diplomacia assegurou nessa altura que a Rússia não combate o regime ucraniano e procurará evitar qualquer escalada de tensão entre os dois países.
RJP (ANC/FPA) // EL
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