Max Verstappen vai ter de cumprir serviço comunitário por ter dito um palavrão durante uma conferência de imprensa de antevisão do Grande Prémio de Singapura de Fórmula 1. O castigo, aplicado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), está a gerar controvérsia.

“Uma anedota”

São já vários os pilotos que se manifestaram contra o castigo aplicado a Verstappen, com Lewis Hamilton a considerar a sanção “uma anedota” e a incentivar o colega a ‘boicotar’ o castigo.

“Acho que é uma grande anedota, para ser honesto. É o auge do desporto e cometem-se erros. Eu certamente não o cumpriria e espero que o Max não o faça", disse Hamilton.

Lando Norris, que terminou a classificação em primeiro lugar, também se manifestou: “Acho que é muito injusto, não concordo com nada disto”.

Verstappen comentou o assunto no grupo de WhatsApp da Associação de Pilotos e recebeu o apoio de vários colegas. “Toda a gente riu e perguntou ‘que raio é isto?’ Sim, é uma parvoíce”, revelou o piloto da Red Bull.

O próprio presidente da Associação de Pilotos, citado pelo The Sun, manifestou incredulidade com a situação, recordando outros casos em que nada aconteceu.

“Quantas vidas de serviço comunitário teria que cumprir o Guenther Steiner por dizer palavrões? Foi glorificado por isso. Se for a Netflix a divulgar, não há problema”, afirmou Alex Wurz, referindo-se à série “Drive to Survive”.

O presidente da Associação de Pilotos revela que vai abordar a situação com a FIA.

O que disse Max Verstappen?

Na semana passada, o piloto da Red Bull referiu-se ao monolugar utilizando um palavrão: “O carro está f*****”.

A federação internacional considera que esse comportamento configura "má conduta" segundo o artigo 20 do Código Desportivo Internacional e é "uma infração ao artigo 12.2.1".

Decidiu, por isso, castigar Verstappen, que terá de cumprir serviço comunitário mas sem qualquer consequência desportiva.