O presidente executivo (CEO) e fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, afirmou esta quarta-feira que a cimeira "combina perfeitamente com Lisboa" e que espera que fique na capital portuguesa "para sempre".

Em jeito de balanço, durante uma conferência de imprensa no terceiro dia de evento, Cosgrave salientou que “nos últimos nove anos Lisboa transformou-se” e, "a Web Summit desempenhou algum papel nisso. Acho que os ingredientes já estavam lá e, então, é incrível ter sido capaz de desempenhar (...) possivelmente um pequeno papel nisso", acrescentou.

O contrato fechado com o Estado português prevê a realização da cimeira em Lisboa até 2028.

"No que diz respeito a 2028, quando pensamos em 2024, para mim em termos tecnológicos, 2028 é como se estivéssemos quase no próximo século", começou por dizer. No entanto, "a Web Summit combina perfeitamente com Lisboa, e espero que possamos (...) ficar aqui para sempre", acrescentou.

Questionado sobre o que aprendeu no ano passado, período em que deixou a presidência executiva da Web Summit na sequência de comentários nas redes sociais sobre a atuação de Israel em Gaza após o ataque do Hamas, Cosgrave afirmou: "Deu-me uma grande oportunidade de realmente refletir sobre o que era, em última análise, a Web Summit".

"Penso que fizemos as mudanças mais consideráveis na Web Summit numa década. Pude falar com muitos amigos que participam há anos, muitos participantes, e perceber realmente a essência do que é a Web Summit, que é ligar pessoas e ideias", referiu.

Com mais dois eventos - no Qatar e no Rio de Janeiro -, as receitas da Web Summit subiram este ano: "Aumentámos a receita em quase 30%, um recorde histórico, foi um ano muito rentável", disse, apontando que fizeram "talvez quatro a cinco milhões em lucro e 10 a 11 milhões em EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações]", salientou.

Cosgrave adiantou ainda que as 'big tech' regressaram este ano ao evento, com exceção da Intel e da Volkswagen.

No que respeita ao recinto em Lisboa, o CEO disse que estão a "utilizar todos os espaços disponíveis". Este ano estão a ocupar o espaço exterior com mesas e cadeiras, o que tem funcionado porque o tempo tem estado solarengo.

"Tivemos muita sorte com o tempo em Lisboa. Hoje está um pouco mais frio, mas ainda está sol. Foi absolutamente lindo ontem. E rezaremos para que não chova amanhã (quinta-feira). No que diz respeito ao futuro, estamos sempre dispostos a discussões e conversas", concluiu.