2024/25 tem sido pródiga em mudanças prematuras e chicotadas psicológicas. Ciclos fecharam, cláusulas de rescisão foram ativadas - casos de Ruben Amorim e Rui Borges - e, acima de tudo, novas equipas técnicas surgiram.

Desde treinadores adjuntos a ter a primeira experiência na elite - ainda que, de forma temporária, refira-se -, a «promoções» dentro do clube, 11 (!) das 18 equipas já sofreram alterações na equipa técnica esta temporada.

No total, 29 treinadores já assumiram o cargo de treinador principal - técnicos interinos, sublinhe-se, também estão contabilizados nesta análise-, sendo um registo, à 17ª jornada, apenas ultrapassado por 2016/17: olhando para essa temporada, 31 treinadores já haviam entrado em ação na Liga Portuguesa.

Curiosamente, do top 5 dessa temporada, apenas SC Braga mudou de equipa técnica - por três ocasiões, refira-se, com José Peseiro, Abel Ferreira (interino) e Jorge Simão como protagonistas. Em contrate, nesta época, Sporting, Benfica e SC Braga já trocaram de treinador.

2024/25, sublinhada por um carrossel impressionante de treinadores, caminha para números históricos (e insólitos). A época ainda só vai a meio e, para além do recorde de mudanças de treinadores no século XXI (análise até ao momento da virada de ano civil), 2024/25 está próximo do recorde absoluto de mudanças- com interinos incluídos na conversa.

Importa destacar que faltam apenas sete danças das cadeiras para se atingir o topo de mudanças numa temporada: 36- aconteceu em 1988/89 e precisamente em 2016/17.

Nesta análise, destaque também para os números atingidos em 2019/20 e 20/21 [34] e ainda em 2023/24 [33]. Uma tendência, mostram os dados recolhidos, que parece ter vindo para ficar.