Tempo é medalha e em pouco mais de 20 minutos, Portugal arrecadou mais duas nos Europeus de ciclismo de pista. Depois do ouro de Iúri Leitão no scratch, a prata de Ivo Oliveira na perseguição.

Ivo Oliveira ia para a pista já com uma medalha assegurada só por ter garantido a final da vertente de perseguição dos Europeus de ciclismo de pista. Não era sensação que desconhecesse. Passara pelo mesmo em 2020, quando bateu tão só e apenas o italiano Jonathan Milan.

Desta vez, mais consagrado e com um apelido que ficou mundialmente conhecido entre os mais atentos às bicicletas indoor, o português garantiu na qualificação segundo tempo mais rápido (+4.478), apenas atrás do britânico Josh Charlton (3:59.997) com quem ia discutir o ouro.

A final é um mano a mano em que os ciclistas partem em lados opostos da pista, tentando morder a cauda do outro ao longo de quatro quilómetros. Uma espécie de jogo do lencinho em que, partindo de pontos opostos, querem ambos chegar primeiro à meta.

A diferença entre ambos foi bem mais escassa na hora decisiva. De qualquer modo, Ivo Oliveira (4:03.631) foi de novo mais lento do que Josh Charlton, que se escapou por um piscar de olhos (4:02.882).

Somando ao resultado de Ivo Oliveira a prata de Rui Oliveira na eliminação, o bronze de Maria Martins no scratch, os ouros de Iúri Leitão na corrida por pontos e no scratch, Portugal assegurou já cinco medalhas na competição. A seleção está a uma de igualar o recorde (seis) de pódios numa só edição dos Europeus, conseguido em 2020 no Plovdiv, na Bulgária.