O Benfica perdeu por 0-1 em casa do Bayern e, após a partida, Bruno Lage analisou o encontro. O técnico do Benfica explicou a opção pelos três centrais, que não definiu como defensiva, e também explicou a saída de Kaboré ao intervalo.
O plano de jogo:
Faltou termos um bocadinho mais de posse de bola. A nossa intenção era criar uma dinâmica de três médios e o Akturkoglu a jogar como n.º 10 e o Amdouni a ponta de lança, para fazermos um losango. Nós temos médios bons de bola, de posicionamento, habituados a este tipo de pressão. Infelizmente, não o conseguimos aplicar na primeira parte e depois sabíamos que a espaços, com o tempo, o jogo poderia acalmar e termos mais bola. Infelizmente não conseguimos. Assumi esta estratégia perante os jogadores. Senti que, se pudéssemos sair das referências individuais e ter mais bola, poderia resultar. Em situação de ataque, a linha defensiva do Bayern deixa um contra um, mas tenho de assumir a responsabilidade, era minha ideia trazer gente para o jogo, tirar referências individuais do Bayern. São muito fortes nos duelos um contra um, são muito fortes e amassam e tentámos encontrar zonas neutras para ter jogo, mas não conseguimos. Houve respeito quando o Bayern tinha bola, mas faltou-nos termos maior controlo do jogo, realmente não conseguimos. Já fechámos este jogo e já estamos a pensar no jogo do FC Porto, que é um jogo muito importante para nós. Agora faltam quatro jogos na Champions, temos seis pontos, essas são as contas com que temos de nos preocupar.
As várias intervenções a partir do banco:
Estava a tentar comunicar com os jogadores, tentando manter sempre dois jogadores na frente, que não baixassem tanto e fossem mais fortes na pressão, Zeki [Amdouni] e Akturkoglu. Sabíamos que no início o jogo teria uma energia muito forte, não fomos capazes de ter a bola e temos de assumi-lo.
A intenção de atacar:
Não se trata de um sistema defensivo, a nossa intenção era atacar, a intenção era ter Carreras e Kaboré como extremos e ter bola. Seria mais defensivo se, além dos três centrais, tivesse ainda um trinco, o Florentino para recuperar bola. Queríamos dar conforto aos médios para terem qualidade de passe, mas precisávamos de ter gente para ter bola e progressão com bola e jogar de primeira. E foi isso que nos faltou.
A saída de Kaboré ao intervalo:
Kaboré esteve bem, infelizmente viu o cartão amarelo e não queríamos arriscar na 2.ª parte, porque teria muitas situações de um contra um nos corredores laterais. E por isso coloquei o Beste, que está habituado a jogar na lateral esquerda, mas também o podia fazer à direita.