
As declarações de Martín Anselmi, treinador do FC Porto, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Casa Pia, agendado para este sábado (20h30), a contar para a jornada 29 da Liga Portugal Betclic.
Casa Pia: «É uma equipa que está a fazer bem as coisas. Gosto da forma como jogam. Tentam ter a bola, atacar de forma organizada e atrair para encontrar espaços. Defendem de forma organizada e junta, pressionam bem quando têm de o fazer. Têm momentos em que constroem com três e outros em que constroem com dois. Vão desafiar-nos. Têm feito bem as coisas e temos de ir ao campo deles buscar os três pontos que precisamos.»
Estágio após a derrota com o Benfica e reação da equipa: «Somos profissionais. Evidentemente, perder nunca é bom. Dói-nos. Mas também nos gera essa fome de vingança e essa fome de conquista. Vejo o grupo com sede de vitória e de dar a imagem que queremos dar. É isso que aprecio e é isso a que nos propusemos.»
Casa Pia com nada a perder e a jogar olhos nos olhos? «No final, o prestígio está sempre em jogo. Não creio muito nessa ideia de não haver nada a perder. Há sempre algo a perder e algo a ganhar em todos os jogos. Nós controlamos o que queremos fazer e queremos ir buscar os três pontos. Queremos, como já disse, ser uma equipa que demonstre que tem essa sede de vingança imediata. É isso que podem esperar.»
Justificações para Clássico menos conseguido: «É difícil responder a essa pergunta. Evidentemente, o meu trabalho e o de qualquer treinador é analisar os porquês. Obviamente, nós analisámos o jogo anterior e temos tudo claro, mas não quero que pareça que me estou a justificar. Creio que não há explicação válida. Nós sabemos o que temos de melhorar e vocês sabem que gosto de falar sobre o jogo, mas as correções foram dentro de portas. Sabemos os erros que cometemos, sabemos as coisas que fizemos bem. Posso adiantar que tivemos alguns erros não-forçados e que nos custaram caro. Trabalhámos para que não aconteçam novamente.»
Análise do Clássico com os jogadores: «Não escondemos nada. Eu sou o primeiro a dizer que me equivoquei. Se tiver que o dizer ao grupo, digo. Se tiver que dizer que nos equivocámos, digo. Aqui ganhamos e perdemos todos juntos, sempre. Na minha forma de trabalhar, não consigo não assumir os erros. Fracassar é não assumir os erros, porque se não assumires, não há mudança. É disso que se trata: analisar, identificar os erros e corrigir. Se não o fizer, estou a fracassar automaticamente. Nós, como grupo, gostámos de nos ver. Gostámos de ver as coisas boas e as coisas más, porque sabemos que são as que nos permitem melhorar. Se temos que as ver, vemos. Não nos afeta nesse sentido. Queremos competir melhor.»
Motivos para os resultados não aparecerem estão relacionados com falta de adaptação à ideia ou qualidade? «Coloca-me numa posição em que não tenho outra forma de responder: no final, a análise é a partir do resultado. Se nós ganhássemos o jogo anterior, estariam a perguntar-me sobre as ideias? Voltámos à semana anterior e eu disse que foi uma semana boa e que via a equipa a evoluir perante as nossas ideias. Analisando depois o resultado... Há muitas coisas que já são as que queremos ver. Os primeiros 30 minutos contra o Benfica são o que queremos ver. Depois, no futebol, há erros e correções. Da forma que me perguntam, parece que estamos a fazer tudo mal. Fizemos coisas más... no último jogo.»