António Tavares, presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, em declarações à SIC Notícias:

Pedido de Pinto da Costa para não ter ninguém da direção no funeral
"Há momentos para tudo, acredito que foi um desabafo que o presidente Pinto da Costa deixou, mas que, no fundo, os adeptos, os sócios do clube, aqueles que sócios sempre fez vibrar, também querem estar com ele naquele momento. Há muitos que não vão ter hipóteses porque a Igreja das Antas é pequena para este momento. Parece-me que era um momento muito importante não só para que aquilo que deixa como legado possa continuar sem qualquer tipo de ferida. A família está a ponderar essa situação, não é uma falta de atenção àquilo que foram os seus desejos, mas é a possibilidade que os sócios, os adeptos, os simpatizantes, os portuenses, que ele tantas vezes defendeu, se possam despedir dele num momento que será, para todos nós, de tristeza. Graças a Pinto da Costa, os portistas e dragões são em maior número. Deixou um legado e esse legado qualquer direção tem de saber respeitar. Serão todos os que no futuro vão dirigir os destinos do FC Porto e que em nenhuma circunstância renegam."

Possibilidade de passagem pelo Dragão sem presença dos dirigentes
"Não me parece que na casa do Dragão, na casa dos portistas, qualquer portista tivesse acesso negado. Qualquer dirigente é sócio. Neste momento, o que é importante não é aprofundar esse tipo de divergência ou de posições, é o momento de apelar a tudo o que Pinto da Costa fez na sua vida. Sempre quis defender o FC Porto e é isso que temos de querer atingir, a defesa do FC Porto, em homenagem ao homem que mais fez pelo FC Porto."

Silêncio dos rivais
"Parece-me uma atitude pouco pensada. Nestes momentos devemos saber distinguir a posição institucional da posição pessoal. Há pessoas com quem não concordamos, mas as instituições merecem esse respeito. FC Porto fê-lo com Chalana, João Rocha, Fernando Martins. A posição foi sempre institucional. Ainda há pouco tempo, André Villas-Boas esteve na despedida de Manuel Fernandes. Não conseguimos compreender onde está essa dificuldade desse reconhecimento institucional. Hoje não é só a nação portista que está de luto, é também o desporto nacional que perdeu um grande dirigente e que foi reconhecido internacionalmente. É comparável a Santiago Bernabéu. Está tudo dito."